#21- Resenha: A Herdeira, Kiera Cass


Primeira leitura: maio de 2016
Segunda leitura: 04 a 08/02/2019

Cerca de 20 anos se passaram desde a Seleção de América e Maxon. Eles têm 4 filhos: Eadlyn e Ahren são gêmeos, Kaden e Osten. Marlee é dama de companhia de America, teve dois filhos com o soldado Woodwork: Josie e Kile; e Lucy e Aspen se casaram.

Quem narra esse livro é a filha primogênita de América, a Eadlyn. Digo primogênita porque, apesar de ela ser gêmea com Ahren, ela saiu da barriga primeiro e, consequentemente, é a próxima herdeira do trono. A princesa não gosta muito dessa ideia, tudo o que ela queria era que essa responsabilidade não caísse sobre seus ombros. 

Apesar de Maxon ter destituído as castas, ainda havia manifestantes entre o povo querendo derrubar a monarquia; preconceitos com quem veio de famílias de castas baixas; desemprego e fome. Maxon andava parecendo mais velho do que era devido a preocupação, não sabia mais o que fazer para melhorar o ânimo do povo, até que teve uma ideia: uma nova Seleção. Agora com sua filha: Eadlyn. 

Ela não gostou nada da ideia, além de não ser uma menina nada romântica, ela odiava o fato de ter que lhe dar com sua casa cheia de estranhos. Ela resistiu, até que teve uma ideia depois de conversar com seu irmão: ela aceitaria fazer a Seleção, caso não fosse obrigada a se casar com ninguém ao final. Maxon aceitou sua condição.

35 garotos foram sorteados ao vivo no Jornal Oficial, o mais impressionante da noite foi que Kile, o filho de Marlee foi sorteado sem nem mesmo ter se inscrito. A princesa e Kile ficaram revoltados, pois eles não se davam muito bem. Kile a achava mimada demais e Eadlyn achava que ele era esquisito, raramente penteava o cabelo e sempre estava com a cabeça enfiada num livro.

O plano de Eadlyn era ser insuportável ao ponto de fazer os garotos pedirem para sair, ela não iria se apegar a ninguém, muito pelo contrário, faria todos verem seu pior lado. 

A primeira impressão que temos de Eadlyn é que ela é uma garota muito chata e mimada. Muita das vezes ela é esnobe sem perceber. Ela é fria e calculista. Ao longo do livro a gente vai entendendo que ela foi criada para isso, não é que sua criação tenha sido rígida demais ou ruim, é que ela nasceu na mira das câmeras, cada passo devia ser calculado e demonstrar fraqueza era pior para ela do que para qualquer outra pessoa. Ela devia ser uma mulher forte, afinal seria a próxima rainha de Illéia.

Ao longo da Seleção, ela teve alguns encontros, mas a maioria foi superficial e, sempre quando algum garoto fazia alguma pergunta muito íntima, ela arranjava um jeito de sair de cena. Ninguém tinha autorização para conhecê-la por dentro. 

Na primeira eliminação, a princesa fez os meninos ficarem em fila e tocou friamente o ombro de quem deveria ir embora. Essa atitude não foi muito bem vista pelos telespectadores.

Para acalmar os ânimos, ela sugeriu a Kile que se beijassem no corredor para que alguns fotógrafo registrasse o momento e aparecesse nos jornais. Ela queria melhorar sua imagem e mostrar ao público que ela poderia se apaixonar. As reações foram diversas: pessoas a achavam fácil demais por beijar alguém tão cedo e outras acharam normal, já que Kile e Eadlyn se conheciam desde que nasceram.

Em um dos encontros, um garoto parecia um psicopata, a agarrou e riu da cara dela, achando que ela estava gostando daquele abuso. Ele levou um soco de Ahren e foi mandado embora. 

Há também um encontro em grupo em que os meninos tiveram a ideia de cozinharem juntos, foi divertido, até que não foi mais. Dois garotos se meteram numa briga. Um deles, o que provocou tudo, foi mandado embora.

Um dos selecionados, Henri, não falava inglês, apenas finlandês, por isso foi para o palácio acompanhado de seu intérprete, Erikko. 
Erikko acabou ganhando um espaço no coração da princesa também, mas Henri que ganhou o beijo na cozinha durante um encontro não marcado.

Ahren, o príncipe, namorava a princesa da França, Camille, e, apesar de não gostar muito dela, Eadlyn teve a ideia de convidá-la ao palácio para fazer uma festa em sua homenagem e distrair o público. Mostrar como seu irmão e a princesa eram apaixonados e vender a imagem de que ela poderia, um dia, chegar a esse ponto também. A festa foi um sucesso, porém no fim de tudo há uma surpresa: Ahren foge para França e se casa com Camille. Ele deixa uma carta para sua irmã explicando tudo.

America não aceitou muito bem a notícia e teve um ataque cardíaco. 

O livro termina com todos na ala hospitalar orando pela vida dela.

"Talvez houvesse uma pessoa que me beijasse mesmo quando eu estivesse com o nariz escorrendo, que esfregasse meus ombros após um longo dia de reuniões. Talvez pudesse encontrar alguém que não parecesse tão assustador, com quem um passeio além das muralhas do palácio parecesse natural. Mas tudo isso poderia ser pedir demais. Em todo caso, eu não podia desacelerar agora. Sabia que, por mim - e ela minha família -, eu precisava concluir a Seleção. E quando concluísse, teria um anel no dedo."









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